segunda-feira, 21 de novembro de 2005


Quando for minha vez, quero estar assim...

Na última semana fomos assistir o Jardineiro Fiel. Que nome ingrato, e ao mesmo tempo genial, para se colocar em um filme. Fui de má vontade. Não tinha lido nada sobre o filme e o nome me dizia que era daqueles do tipo de “A Procura de Kandahaar” (é assim que se escreve essa maldição?). O filme é ótimo, mesmo que seja um soco na boca do estomago vale assistir. Na verdade, é por isso mesmo que tem que ser visto.

Mas o filme não é o motivo do post. Após às 23h ao final da película, enquanto esperava a Lelê, observei um senhor e três senhoras (todos acima dos 65 verões), saindo do filme. Eles conversavam sobre cinema, elenco e diretor. Extremamente interados e a vontade com o cenário atual da industria cinematográfica. Isso já era muito divertido, até que uma das senhoras pergunta: “E então? Como vai ser?”.

A outra, em dúvida, responde: “Será que o Manuel ainda está aberto?”

O senhor logo interveio: “Acho mais seguro o Llamas. Não corremos risco.”

Todas concordaram.

Ele conclui o debate: “Já disse para Maria, no Rio só existem três bares: Llamas, Cervantes e Nova Capela”.

Assim dito, assim feito!

Só quero que quando for minha vez, 65 anos ou mais, eu esteja assim...

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Desejos incontroláveis

Já que o papo foi para quadrinhos / histórias que gostaria que meus filhos tivessem acesso. Vou roubar um estilo de alta fidelidade e listar aqueles que independente da faixa etária, adoraria que o rebento lesse.

01. Sandman - todas as histórias, mas principalmente a breve história de Homem de Boa Fortuna e a saga Estação das Brumas;

02. Maus - uma maneira de rever a história do holocausto, já que eles vão conhecer essa praticamente como conhecemos a I Guerra;

03. Wacthmen - ajuda um pouco a quebrar o mito do super-herói sem deslizes de personalidade;

04. V de Vendetta - uma das minhas preferidas, me ajudou a entender que mesmo a Anarquia tem um propósito;

05. O Edifício - por que fala sobre pessoas;

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Interpretação é aquilo que pode transformar palavra em adaga.

terça-feira, 8 de novembro de 2005


Colocando em prática

Nesse final de semana, durante a festa de um ótimo amigo (parabéns!), recebi uma dica muito valiosa de outro grande amigo. Na verdade, eu e a Lelê, recebemos essa dica. E por causa desse toque me lembrei de uma conversa que tive mais ou menos uns 13 anos atrás. Quando entre colecionadores de quadrinhos, discutíamos sobre coleções que gostaríamos de guardar para nossos filhos lerem.

Na época, disse que adoraria guardar Asterix. Porém, naquele tempo era muito raro e caro encontrar tais revistas. Hoje toda a coleção está sendo reeditada, a preços razoáveis e já no domingo, adquiri três delas, que se for do agrado, serão lidas pelos nossos filhos.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005


Monólogo

Sem muito que dizer. Guardo-me em um monólogo, um momento de introspecção em que observo o que sinto e como reajo ao exterior. Dessa perspectiva, tudo é muito diferente, mais do que pude imaginar.

Apenas registro, usamos tão pouco da nossa mente para ocupá-la com preconceitos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Cinco anos

Cinco anos atrás, em um sábado, seis casais estiveram em um altar para testemunhar uma cerimônia. Foi um rito de união entre duas pessoas que se amam e pretendem construir algo juntos. Sendo parte disso, preciso agradecer não somente a essas doze pessoas por terem estado lá e ter se mantido do nosso lado durante todos esses anos e, claro, agradecer a Deus, ao destino ou algo que tenha trazido a pessoa mais maravilhosa que já imaginei conhecer para perto de mim.

Lele, já disse umas mil vezes que você me completa. Já disse mais de mil vezes que te amo. Já disse também outras mil vezes que você me motiva e desafia a viver mais e melhor. Mas nunca senti que todas essas vezes tenham sido o suficiente para expressar tudo o que realmente sinto. Te amo, espero que os cinco virem cinqüenta, e que esses se tornem quinhentos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2005


Armas ?

O referendo está chegando, no dia 23 iremos votar se será permitido ou não a comercialização de armas de fogo no país. Vou abrir mão da minha opinião disso tudo ser apenas uma questão pouco importante perante a crise política e do dia nacional da Yoga / Yôga (parece brincadeira, né?).

Estou apenas surpreso com a campanha do medo que está sendo instituída. As pessoas fazem campanhas dizendo que agora o ladrão irá ter certeza que você não tem arma para defender sua casa e sua família. Falam que isso não irá afetar o armamento do crime organizado, que todos nós temos que ter o direito de poder escolher se queremos ter arma ou não. Que nada deve ser proibido.

Essas afirmações me levantam diversas perguntas: Para as pessoas terem o direito de escolha elas não devem ter capacidade de discernimento sóbrio sobre o assunto? Desde quando está sendo discutido o poderio bélico das favelas do Rio de Janeiro? E o mais importante, desde quando ter a arma em casa é garantia de defesa com eficiência?

A “cultura do medo”, que estamos praticamente imitando da tão “bem sucedida” cultura americana, esquece dos acidentes que ocorrem nas casas, dos assassinatos em bares devido a discussão de futebol, dos homicídios no condomínio. Essa mesma cultura tenta passar apenas a sensação de estar na mira da arma, deixam de citar a sensação de estar sobre a outra perspectiva.

Fico mais indignado ao perceber a facilidade que temos para abrir mão da evolução social, cultural e humanitária em troca de uma garantia de pólvora. Que ao menor sinal de fogo, explode.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Gremlins e o surrealismo

Por volta de uma semana atrás, alguém deve ter alimentado eles após a meia noite. Começou com o computador do escritório que foi para a assistência técnica, passou para o MuVo que teve que ser "atualizado", atingiu sem pudor a máquina de casa - mais dois formats para sua história - e no fim, não poupou o celular - tive de comprar um novo chip. Tudo foi-se, em uma semana.

O realismo escorre por entre os dedos, na última semana tudo tange o surreal. Começo acreditar que estou tendo um pesadelo de 40 horas. No qual passo tais horas sem dormir e me envolvo com picos de humor e energia, a mente divaga e lida com pessoas complexas e complexadas. Nos devaneios, uma caneta repousa na mão e nasce o "bigode". Um abridor de garrafas. Não estou acordado, se estivesse já deveria estar babando sobre esse teclado e com tremores.

São 01h30 de quinta-feira, ainda não acordei e a pergunta não cala, o que está segurando esse corpo nas terras de Morpheus?

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Informativo atrasado

O que aprendemos nos últimos dias: Sempre existirá neverland. Afinal, tá na mente.

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

O Abusado

Terminei de ler o livro de Caco Barcelos, Abusado, nele é narrada a história de Marcinho V.P., o “dono do Santa Marta”, um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro.

O livro é ótimo. Um tanto quanto parcial ao não narrar algumas ações do criminoso e dar destaque ao seu interesse “sócio-cultural”. Um dos pontos positivos do livro é a forma que é narrada a vida dentro das favelas, suas conexões e seus moradores (honestos e desonestos).

O grande mérito é a apresentação do cenário do crime carioca e a ação da segurança do estado e município. A qual é motivada unicamente pela imprensa. Ou seja, parece que a segurança só trabalha quando o bandido vira notícia nas capas dos jornais.

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Chega a ser brincadeira...

A capa da Isto É dessa semana foi: “O Drama dos Inocentes. Como vivem os filhos daqueles que viram alvo das CPIs”. Não deveria ser: “O Drama das Vítimas. Como vivem os brasileiros sem a verba desviada em Brasília” ?

E depois a Isto É é uma revista imparcial.

quarta-feira, 3 de agosto de 2005

Atualizando

Muito tempo sem postar e tanta coisa para comentar. Vou fazer aqueles com notícias rápidas.

Cumadi Lol fez aniversário no dia 01 de agosto! Parabéns! As festividades foram ótimas e sempre existirá Neverland (tudo conspira para que dê certo).

Estou conseguindo seguir com as leituras, agora peguei de vez o Abusado e está fenomenal! Melhor do que o Cidade de Deus. Pela favela tema do segundo ser mais afastada da Zona Sul, a integração entre as classes é reduzida. O que é bem claro no caso da história do VP e do Santa Marta.

Vi Sin City. Simplesmente genial. A melhor adaptação de quadrinhos já realizada. Algumas pessoas podem julgar o filme muito violento. De fato é, mas essa é a história de Sin City.

Muito trabalho, mas ainda tenho tempo para aproveitar as noites dos dias da semana. Inclusive, alguém topa um chopp amanhã?

terça-feira, 26 de julho de 2005

O Reich

Quase um mês atrás eu assisti ao filme “A Queda, as últimas horas de Hitler”. Embora a tradução do título tenha sido ingrata, já que de fato o filme o retrata os últimos dias do Reich, ele continua sendo um ótimo filme. Dá a entender que foi todo escrito e produzido em cima de relatórios de alemães que faziam parte da cúpula do partido que sobreviveram a guerra. Minha única questão com o filme é em relação a perspectiva escolhida, no lugar da secretária de Hitler, talvez tivesse sido mais rico em detalhes a visão do soldado da SS que cuidava da segurança dele.

O post sobre esse filme é muito atrasado. Mas não foi o filme que o motivou, foi o término da leitura de Maus, de Art Spiegelman. História em Quadrinhos vencedora do Pulitzer que conta a história do holocausto, em grande parte Auschwitz, pela perspectiva de Vladek e Anja, os pais do autor. A história usa a metáfora de bichos para ser contada, onde os judeus são ratos, alemães gatos, poloneses porcos, americanos cães e franceses sapos. Ainda assim, ela é extremamente humanizada. Para quem não leu, é imprescindível que leia.

Somando “A Queda” e “Maus”, vim a pensar em uma certa banalização do tema. A cada ano uma quantidade impressionante de livros, filmes e seriados saem sobre o holocausto. Isso faz com que histórias mais genéricas perca sua “força”, deixando espaço unicamente para as mais pessoais e humanas. Seja no caso de Maus através da família Spiegelman ou mesmo pela visão humana de Hitler em “A Queda”.

sexta-feira, 22 de julho de 2005

Relação com o trabalho

Sério, amo onde e com o que trabalho. Ainda não faço cem por cento do tempo somente o que gosto de fazer. Passo por momentos estressantes e grandes viradas de projetos. Essas coisas que aumentam a adrenalina de qualquer e por isso muitos se tornam workaholic (ainda não é o meu caso).

Mas infelizmente, hoje sexta-feira, caiu uma ficha. Não vou agüentar esse ritmo por muito mais tempo. As coisas precisam encontrar em um pequeno eixo a seguir para que eu possa aproveitar tudo que planto.

No meu trabalho a única coisa que realmente me desmotiva é quando um cliente confunde um designer com um “usador” de photoshop. Odeio fazer coisas burras só pq o cliente quer, odeio ter que ficar calado pelo simples fato do cliente não reconhecer sua experiência ou expertise. E por um cliente desses estou passando nesse momento. Tudo bem, eles são assim, apenas passam.

quinta-feira, 21 de julho de 2005

E o tempo

Quase um mês sem faculdade e ainda não entendi direito como funciona essa coisa de ter tempo. Quando me imagino chegando em casa, enquanto a Lelê está no trabalho ou fazendo outra atividade, perco a pressa de sair da agência. Quando largo cedo do trabalho, encontro ela e fazemos algo, ainda estranhamos. Não é um hábito comum do ser humano ir ao cinema ou alugar um DVD durante a semana, é?

Com tanto tempo, estou me atrapalhando. Principalmente em relação a leitura. Comecei com Buddha (presente de aniversário do amigo Augustinho), que foi interrompido por Abusado, que foi esquecido na mochila, junto com a vã esperança de leitura no trabalho e substituído por Maus. Espero terminar esse último para retornar aos anteriores, nem que seja na ordem inversa.

Além da leitura preciso manter o foco para começar a executar alguns projetos pessoais (acho que não consigo viver sem ao menos os exercícios de projetos pessoais) e aproveitar mais esse tal tempo. Será mais fácil agora com a Julia passando um tempinho aqui em casa.

Falando em amigos! Ontem foi o dia dos amigos e quero dizer a todos vocês (não preciso citar nomes) que não só amo e admiro vocês, como é muito bom poder ter vocês na minha vida! Valeu!

segunda-feira, 11 de julho de 2005

“Begins”

Ao menos para mim, Batman nunca foi um super-herói. Sempre o vi com a roupagem de um vigilante. Um homem que se colocava acima da lei para fazer justiça. Com o tempo e depois de ler algumas revistas como “A Piada Mortal”, “Asilo Arkhan”, “Cavaleiro das Trevas”, “Messias” e claro “Ano 1”, ele deixou de ser um vigilante comum e passou a ser um psicopata sério, tão doente quanto seus vilões. Uma idéia que antes da justiça, vinha o medo. E é nessa idéia que o filme se baseia e por isso é ótimo.

Já me falaram que o filme não é tão bom quanto o Homem-Aranha. Discordo, Homem-Aranha sempre foi escrito para ser divertido. Batman nem sempre pode ser divertido. E é por isso também que mesmo com algumas adaptações da história do personagem, o filme ainda é ótimo.

sábado, 9 de julho de 2005

Inconscientes

Depois de dois anos e meio, tenho a minha primeira sexta-feira livre a partir das 19h30 com a Lelê (isso costumava acontecer somente após às 22h00). Isso é o resultado do luxo de nossa nova vida, novo emprego + faculdade finalizada. Então, aproveitamos.

Fomos assistir a "Inconscientes", um filme espanhol que se passa da década de 10 do século XX e fala sobre um bando de psicanalistas, sendo que um deles é seguidor do então "polêmico" Freud. O filme é ótimo, com um grande cuidado visual (figurino é muito bom, passagem de cenas são ótimas, a direção de arte nem se comenta). A comédia tem um senso de humor ácido e bem inteligente.

Saí do cinema muito satisfeito e recomendo para todo mundo. Vale a pena.

quinta-feira, 7 de julho de 2005

Sophia

Falando em fim de fases. Hoje acaba minha segunda metade das férias, tirei para poder ter a última semana da faculdade livre e mais outra para ir a BH, rever minha família e conhecer a Sophia, nossa afilhada.

Sophia é ótima. Linda, dengosa e cheia de caras. Falando em cara, ela é a cara do meu irmão, o famoso Simpatia. Demorei um pouco para pegar o jeito de carregá-la no colo, mas assim que peguei ela já dormia no meu colo fácil. Afinal, ela só faz isso, come e dorme. Fiquei impressionado como podemos nos apaixonar tão rápido por alguém inocente.

Sobre posts. A partir do próximo post terá uma chuva de posts cinematográficos. Afinal, agora com as noites livres vou poder voltar a frequentar o cinema.

sábado, 2 de julho de 2005

Então é isso...

Acabou! Depois de dois anos e meio chegando em casa todas as noites após às 22h, acabou! A sensação de ter completado o curso é ótima, tão boa quanto a sensação de liberdade, a de poder fazer coisas no meio da semana e não ter mais que dizer aquelas malditas frases: "não vai dar, tenho trabalho da faculdade para fazer" ou "não dormi essa noite, virei fazendo trabalho de faculdade".

Geral me deu uma força muito boa durante todo esse curso, mas a Lelê foi surreal, ela praticamente fez o projeto de conclusão comigo. Foi muitas vezes meu senso crítico e foi a revisora da minha monografia. Pasmem, cerveja, academicamente falando, foi pauta para 54 páginas, sem repetições.

Agora que acabou (não vou me cansar de repetir isso), voltarei a manter o Edifício atualizado, a ler os Blogs amigos e principalmente a ter vida - no último mês eu praticamente abri mão disso.

Galera, vamos escolher um fim de semana e fazer uma festa em Neverland?

Fasa e Fonta, vamos rolar?

sexta-feira, 3 de junho de 2005

"Disciplina é liberdade"

Não consigo entender muito bem essa frase. Ela parece tão clara, tão óbvia e assim tão simples. Mas pra mim, criado dentro de um paradoxo entre a disciplina e o oposto, não consigo captá-la. Isso porquê não sou disciplinado, aos poucos vou me tornando, mas ainda sou bastante solto, bastante imediato. O Edifício mostra isso, cada post novo não tem regra, não tem disciplina. Quando me empolgo, posts diário. Quando estou perdido ou interessado por outras coisas, posts quando dá.

Ainda sobre a disciplina, tive um insight sobre a minha pessoa do ser interior, como individuo humano e pessoal. O tempo me faz subestimar a tarefa. Se tenho duas semanas para fazer algo, faço devagar, sem me importar. Se tenho um dia, as idéias brotam de forma simples na minha cabeça. É como se no primeiro caso eu sempre soubesse que teria tempo para resolver e por isso relaxo. Será que isso tem cura? Será que quero curar? Pra isso, eu teria que ser disciplinado?

terça-feira, 24 de maio de 2005

Antes das doze badaladas noturnas

Hoje é o aniversário de uma pessoa muito especial para mim. Gostaria muito de ter passado na casa da minha irmã para dar um grande beijo nela e desejar feliz últimos minutos de aniversário. Mas se bem a conheço, nessa altura do campeonato ela está comemorando o seu dia de uma forma que eu não gostaria de interromper!

Mana, eu te amo de uma forma que somente os irmãos compreendem! Parabéns a você que é tão especial, tão especial que nessa fase da vida, você não poderia fazer aniversário em outra lua, né?

quarta-feira, 11 de maio de 2005

Alegria

Alegria (do latim Laetitia) sf. 1. Qualidade de alegre. 2. Contentamento, satisfação.

Pra mim Laetitia. Não é apenas alegria, é quem motiva cada passo, quem me apóia incondicionalmente, me faz ouvir os elogios e as críticas. Me faz sentir homem, maduro e capaz. Me faz sentir completo sem cobrar, sem exigir, apenas por existir ao meu lado. É quem dorme e acorda ao meu lado, quem me faz sorrir ao ver seu sorriso e chorar ao ver suas lágrimas. É quem faz a palavra amor não ser suficiente para descrever o que sinto por ela.

quarta-feira, 4 de maio de 2005

Eu sou brasileiro e não levanto meu traseiro nunca!

Responda com honestidade. Que diferença na sua vida faria se o governo inteiro desaparece exatamente agora? Na minha, nenhuma. Ele deveria me dar segurança, quem me garante isso é o meu condomínio. Saúde, meu plano. Educação, minha universidade particular. Alimentação, restaurantes a quilo (entre outros). Tudo isso é pago pelos impostos? Não, é pago com o meu salário (meu e da minha mulher).

Então o meu governo é o meu emprego? Se fosse, estaria muito feliz. Pois, ele não é democrata, mas se eu fizer tudo como foi combinado lá na frente, no fim do mês pinga o meu salário. Se não fizer eu posso ser demitido. Mas o mesmo vale para a empresa, se ela não fizer sua parte eu posso sair e encontrar outra. Nada me impede. Agora, tenta “deixar” o governo “democrata”.

Desculpem-me meus amigos das ciências políticas, mas o governo pra mim mostrou ser útil apenas para declarações tragicômicas ou morder nossos bolsos com impostos (o que é tragicômico). Faço tudo certo como manda o figurino e ele não. Sendo assim, porque não posso demiti-lo ou mudar de governo? Ah! Alguns vão dizer: “Sai desse país”. Mas não importa se estou na Espanha, Inglaterra ou no Nepal. Sempre serei brasileiro (nos EUA, não. Serei imigrante ilegal ou xicano).

Onde quero chegar com isso? Deveríamos abandonar esse governo e cuidarmos nós mesmos das nossas vidas. Começando pelo condomínio, depois pra rua e até para o bairro. Nós podemos cuidar de programas como Fome Zero, nós podemos garantir educação para aqueles que nos cercam e assim por diante. Claro, que isso seria muito mais verossímil se nossos salários e os lucros das empresas não fossem mordidos pelos impostos. Ou seja, que cai o governo e cresça o corporativismo. É menos hipócrita.

Com isso declaro que me tornei de vez um descrente em qualquer ação governamental. Acho que, independente da possibilidade de prisão, continuarei pagando os impostos para ter o direito de reclamar.

quinta-feira, 21 de abril de 2005

Após as 23h

Estou pasmo. Assisti ao GNT após as 23h. Vi Sue Johansen. Para quem não a conhece, ela é uma senhora de idade, com mais de 76 anos que apresenta um singelo programa chamado Falando Sobre Sexo com Sue Johansen.

Agora tentem imaginar: uma senhora com cara, roupas e voz de vovó recebendo ligações com as perguntas mais absurdas sobre sexo. Perguntas como: “Sue, na última vez que tive relação com o meu namorado, a camisinha escapuliu e ficou dentro de mim, o que eu faço?”, ou “Sue, sou casada há muitos anos e sou feliz. Mas sempre tenho fantasias sexuais com outras mulheres. Sou gay?”, ou “Sue, tenho 40 anos e sou cheia de tesão. Mais do que já tive. Só que meu marido não corresponde, ele não está conseguindo acompanhar. Ele já toma viagra, mas nem sempre resolve. Qual é o meu problema?”, e para completar "Sue, quando faço sexo oral costumo ir até o fim. Ouvi dizer que se eu engolir tudo que sai do meu namorado posso acabar engravidando, é verdade?".

Como se não bastassem as respostas, a vovó mais fofa da tv apresenta um quadro demonstrando como usar, guardar e limpar objetos sexuais. Ela ensina, aparentemente com total conhecimento de causa, como lidar com diversos tipos de consolos.

Sou desbocado, acredito que não sou careta e nem mesmo conservador. Mas Sue Johansen me coloca na posição mais reacionária que já senti.

terça-feira, 12 de abril de 2005

Quase dois irmãos.

Como um tapa na cara, o filme nos desperta do sonho da integração favela-asfalto. Aniquila a ilusão da integração tentada até o momento, onde ela é nada mais do que a imposição da realidade do asfalto no morro. A favela vive outra realidade, temos que primeiro compreender que não podemos definir se é melhor ou pior do que a nossa, aceitar que é diferente e então lutar por uma real integração.

Sempre defendo que o caminho para um povo melhor e uma nação melhor é a educação. Mas como iremos educar pessoas já educadas pela vida? Temos esse poder? Não estaremos mais uma vez impondo a nossa realidade? A educação deve ser aplicada a cada nova geração, esperar que a solução venha em quatro décadas e não em quatro anos.

Retornando ao filme. Ele demonstra o contato dos presos políticos com os presos comuns dentro do presídio de Ilha Grande. Os conflitos desse contato e a troca de experiências e seu reflexo em ambos os mundos. E assim, o nascimento da Falange Vermelha. Além desses pontos, apresenta por várias vezes a base do ser humano, seus ideais e o que acontece quando sua realidade é sobrepujada.

Inspirado no filme, tive o seguinte insight: “Sinto em lhe dizer, caro companheiro, que o comunismo acabou. Morreu pelo tempo, contado por um relógio que foi perdido”.

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Contra o modo e o tempo

Perante ele somos fracos. Inadvertidamente tentamos mudá-lo, como se fôssemos capazes. Mas não somos. Usamos o tempo de forma errada, como eternos colonizados queremos apenas explorar o que estiver a nosso alcance, não pensamos no amanhã nem no tempo de cada coisa.

E essa não é a verdade. Podemos viver de outra forma, podemos viver com o tempo e não contra o mesmo. Não precisamos acordar, ir para o trabalho, depois para o nosso curso de extensão ou profissionalizante e assim para a casa. Não precisamos almoçar em quinze minutos para poder voltar ao trabalho ou conseguir ler aquele texto que estava na fila. As coisas que precisam ser feitas para ontem não existem, o ontem já passou e o que vale é o hoje, o agora.

A cada dia tenho me desafiado a lutar contra isso. Luto para acordar com disposição para dizer alguns “nãos”. Luto para respeitar o meu tempo. Mas não é fácil quando o resto do país age de forma contrária e vive explorando. Sendo assim, em um ato rebelde, desafio a todos os outros a lutarem também. No mínimo se pergunte se você é capaz de viver melhor.

quinta-feira, 31 de março de 2005

Na reta final

Finalmente chego a reta final desse curso. Estou fazendo o meu projeto de conclusão. O tema, como se pudesse ser diferente, é cerveja. Algumas pessoas de pouca fé poderão não acreditar na seriedade desse projeto, ainda mais me envolvendo. Podem me acusar de bebum, cachaceiro e pé-inchado. Mas é sério. Estou fazendo uma análise sobre os rótulos de cervejas brasileiras.

Sobre o projeto, estou muito empolgado. É ótimo trabalhar em um tema que você realmente goste (mais uma deixa pra me sacanear). Você trabalha com mais gosto, tem prazer e degusta cada nova informação. Está valendo. Mas para os interessados, vou começar a fase de coleta dos rótulos atuais.

Quero agradecer ao Alexandre Marino, um colecionar de rótulos (onde o que importa são as assinaturas daqueles que beberam com ele e não o rótulo em si). Que se dispos a scannear um material e enviar pra mim. Valeu!

Ah! Para os amigos preocupados com minhas unhas do dedão, saibam que um dos problemas já não existe mais. Pode-se dizer que ela está nadando com os peixes.

segunda-feira, 28 de março de 2005

E então...
Não pude evitar, foi mais forte do que eu.

Eu já mergulhei em Noronha;

Eu já entrei sem ser convidado em um coral, e sou desafinado;

Eu fiz violão por um ano e só aprendi uma música;

Eu já fiz judô, boxe tailandes, karatê e não gostei de nenhum desses;

Eu nunca frequentei uma academia;

Eu já briguei na rua;

Eu já chorei por um amigo e por um amor;

Eu já falei comigo mesmo, e divergi. Mas no final, ganhei;

Eu nunca fiz rapel;

Eu não sei cantar, mas parece que estou aprendendo com os erros;

Eu já chorei em um show;

Eu já tive medo de avião e de barco;

Eu ando de skate, mas nunca consegui descer uma onda;

Eu nunca fui a um show do Iron;

Eu já briguei por birra;

Eu já cantei música do Bon Jovi;

Eu já expus um trabalho e fui muito bom;

Eu já pilotei um kart;

Eu já virei noite e dia jogando video-game e/ou RPG;

Eu já tive uma crise convulsiva, mas foi por falta de alimentação e excesso de adrenalina, nada demais;

Eu nunca fiz curso de mergulho, mas morro de vontade;

Eu nunca fui a Itália, mas vivo com a imagem romantica;

Eu já fui reprovado duas vezes;

Eu já roubei balas nas Americanas e Comandos-em-Ação na Mesbla;

Eu já transei na rua, e recomendo;

Eu já bebi tanto que passei mal no primeiro encontro;

Eu já fumei escondido;

Eu nunca consegui manter um diário;

Eu já invadi um cinema abandonado para usar como base secreta e anos depois para namorar;

Eu já quis pular de bungee-jump, mas não fiz;

Eu nunca saí do país, afinal de Buenos Aires é a nossa capital;

Eu nunca tive saco para ler Tolkien, Anner Rice e Marion Zimmer Bradley;

Eu não sei receber elogios;

Eu já fiz coleção de maços de cigarro, latas, notas (gastei tudo antes que ficassem antigas) e quadrinhos;

Eu já fiz uma corda com maços de Hollywood que tocava o térreo, sendo presa no sétimo andar;

Eu já terminei um jogo após dez horas diretas, sem desligar o video-game;

Eu já terminei um noivado por telefone;

Eu já fingi não ver alguém na rua;

Eu já atropelei um carro;

Eu já fui atacado por um enxame de abelhas e não fui picado;

Eu já tive monstro atrás da cortina e descobri que era meu irmão após bater nele com um cabo de vassoura;

Eu nunca quebrei nenhum osso, mas meu anjo-da-guarda é todo quebrado;

Eu já caí em um arbusto ded cactos;

Eu já andei nas telhas de um prédio de 12 andares;

Eu já tive uma cadela chamada Mimosa;

Eu já cavalguei a beira-mar;

Eu já usei Kilt;

Eu nunca vi "A Noviça Rebelde" inteira;

Eu já andei nú no playground do prédio com todo mundo vendo, eu tinha apenas oito anos;

Eu já joguei kisuco na caixa d'água do colégio;

segunda-feira, 21 de março de 2005

Um Brinde!

Um brinde! À Vó Yedda que não apenas criou a mulher que amo, como me adotou como um neto e que adotei como avó. Ela nos da força e segurança pra tomarmos nossas decisões, possui uma sabedoria ímpar e toda a serenidade para passá-la sem deixar de ser humana. Vó, parabéns por hoje e por mais esse ano! Eu te amo!

Um brinde! À Lua. Amiga sempre alegre, sempre contagiante. Disposta a quase todos os tipos de brincadeiras e diversões. Essa amiga chegou um pouco "tarde" na minha vida. Mas chegou na medida certa, desmedida. Lua, um grande beijo. Seja sempre assim, pois é exatamente assim que te amamos.

quinta-feira, 10 de março de 2005

Casal Unibanco responsável social

Estou realmente chocado. Após muito tempo fiz algo que não fazia, enfretei uma fila de banco. Com as graças do Internet Banking, essa tarefa sumiu da minha lista, mas por azar e descuido tive que passar por isso. Fui pagar uma conta no Unibanco.

Caros vizinhos e visitantes, o Unibanco tem uma das tarifas mais caras do mercado, se vende como o banco único, gerentes únicos e atendimento único. Possui uma política de responsabilidade social "forte" (Instituto Unibanco) e faz uma grande divulgação sobre a mesma. Agora vejam a minha história.

Fui fazer esse pagamento na agência que fica na esquina da Presidente Vargas com Uruguaiana. Ao entrar vi um banco limpo, com gerentes e caixas em baias, atendimento sentado para todos os clientes. Todos? Não, pois em todo o lugar só conseguia ler a placa Uniclass. Fui até o segurança e perguntei onde ficavam os caixas, ele respondeu que o caixa ficava na parte de cima do banco, e para entrar tinha que sair da agência, dar a volta na mesma, passar pela porta e subir a escada. Foi o que fiz.

Descobri que o segurança não estava mentindo, era o caixa, somente um. Tinha uma fila de 34 mamíferos a minha frente (sim mamíferos, na devida condição, não podíamos mais ser pessoas) e ninguém pra ajudar. Nem mesmo aqueles bons e velhos "Posso Ajudar?" que existem em qualquer outro banco. Não tinha fila preferêncial para idosos, gestantes e deficientes. Isso porque pra qualquer um desses conseguir chegar lá em cima pelo único caminho (a escadaria), seria uma sentença de morte. Com esse cenário só me restou concluir a total falta de respeito do Unibanco com os seus clientes correntistas tradicionais. Uniclass é outra história.

Estou revoltado, pois dessisti depois de aproximadamente 15 minutos de espera e ver várias pessoas se rendendo e sentando no chão sujo (naquele piso de borracha) e morrendo de calor (o ar-condicionado não dava vazão) dentro de um cenário péssimo (paredes sujas, teto sem forro, cheiro de mofo...). Agora, ao ver o casal Unibanco, só me resta lembrar que "nem sempre" a TV nos conta a verdade.

Esse fato de total falta de respeito me levantou uma nova questão. Onde está a responsabilidade social do Unibanco? Não deveria fazer parte dessa política pensar em infra-estrutura para atender seus clientes? Estar preparado para atender pessoas com dificuldades? Cuidar para que seu funcionário (a pobre caixa) tenha uma mínima condição de trabalho? De que adianta apoiar vários projetos sociais se esquece do dia-a-dia?

Como é bom ser cliente do Itau.

terça-feira, 8 de março de 2005

Até onde podemos ir?

O que nos limita? Se não me engano foi Freud que descobriu que usamos 4% do nosso cérebro. Não sei exatamente se foi ele e ainda menos se o valor é esse. Mas o que importa é que usamos muito pouco da nossa capacidade.

Na última quinta-feira (03/03), saiu no caderno de ciências do O Globo a história da suíça Elizabeth, que "sofre" de sinestesia - uma condição particular que a faz, de fato, sentir o gosto das notas musicais. A sinestesia mais comum faz ver as cores dos sons; o primeiro registro de sentir o gosto foi o caso dela.

Como Ludwig Beethoven conseguiu compor suas maiores obras sendo surdo? Somente a primeira foi composta com capacidade auditiva, a mais famosa (9ª Sinfonia) foi sua última e somente anos depois um novo piano (Piano Steinway), criado para isso, conseguiu reproduzir a Sonata nº 3 e nº 4 com perfeição. Ele evoluiu na música independente do sentido auditivo.

Isso me faz pensar. O que nos limita? Embora, na maioria das vezes, tenhamos os cinco sentidos funcionando plenamente, durante o nosso dia a dia ignoramos muito do que percebemos, o inconsciente capta e o consciente seleciona. Por quê? O fato de convivermos com os cinco sentidos nos tornam dependentes desses? Muitas vezes não sentimos a necessidade de "ver com as mãos"? A extrema exposição nos "acostumou" a ignorar mais e assim "selecionar" mais? Será que através de exercícios não podemos expandir nossa sensibilidade, alcançar um pouco mais?

segunda-feira, 7 de março de 2005

O Grande Inimigo

No mesmo castelo eu e Lelê andávamos olhando para as paredes coloridas e comentando sobre tudo que víamos, maravilhados com toda a beleza da local, que era tão grande a ponto de parecer sem fim. Uma sala sempre levava para outra.

Ao entrar em um salão vimos uma série de soldados cinzas colocando criaturas azuis contra a parede. Berravam em seus ouvidos mandando encostarem na parede, fazendo a revista e algumas vezes batendo. Ao fundo de todos estava um grande homem de preto. Sabíamos que ele era o líder, o general, e que nós éramos inimigos deles.

Passávamos pelo meio do salão assobiando, disfarçando nossa presença com uma tentativa de naturalidade de quem está no local. Repentinamente ouvimos um grito e percebemos que um dos soldados havia nos visto e gritava contra nós. A perseguição começou.

Corremos olhando para trás com medo dos dois soldados que começaram a nos seguir. Um golpe forte na minha perna me fez olhar pra baixo e vi que a Lelê havia caído e batido nas minhas pernas, me levando também para o chão.

Por sorte paramos próximos a duas espadas azuis, lindas, e com elas enfrentamos os inimigos. O combate era intenso mas estávamos vencendo, dávamos passos para trás e duelávamos com os soldados que se amontoavam contra nós, a cada inimigo que caía anestesiado era uma vitória para nós. Os inimigos foram diminuindo até que sobrou apenas um, nesse momento começamos a descer uma escada com degraus muito largos e, usando o local como vantagem, jogamos o inimigo abaixo até que esse caiu no fim da escadaria como se fosse um desfiladeiro.

Então o General levantou. Com sua armadura negra, ergueu os braços com duas espadas e seus braços se soltaram em nossa direção, como se fossem hélices. Sem os braços e seus soldados ele teve que enfrentar a multidão de criaturas que começou a jogar coisas nele enquanto lutávamos contra os braços que nos empurravam ainda mais para trás. Sabíamos que estávamos chegando próximo ao desfiladeiro, mas não conseguíamos virar o jogo. E assim, caímos.

No solo, à nossa frente, tinha uma porta. Os braços desciam rapidamente atrás de nós e, pensando em fugir, abrimos a porta e entramos na sala, selando a passagem. Ainda olhando para a porta, respirando forte, nos beijamos e começamos a rir.

- Vocês não podem ficar aqui! - Fomos interrompidos por uma voz grave.

Ao nos virarmos lá estava ele, sentado em uma poltrona, nos encarando. Darth Vader. Olhei para a Lelê e disse com todas as letras. - Fudeu!

- Vocês não podem ficar aqui! - Ele se repetiu. - Esse é o meu "sanctun"! Vocês não podem ficar aqui! Vocês irão sentir dor! - E com essa frase ele tremeu como uma TV com defeito e gemeu de dor. Com os olhos arregalados eu e Lelê nos encaramos e sabíamos que não podíamos sair, mas ali também não dava pra ficar.

- Vocês não podem ficar aqui! Vocês irão sentir dor! - Mais uma vez ele treme e seu rosto fica como uma TV com defeito.

Em pânico, nós dois abrimos a porta pra fugir e de novo estávamos enfrentando o General, porém dessa vez por inteiro. Parece que ele tinha descido atrás dos seus braços. Lutamos contra ele e sem combinar nos rodeamos ao seu redor, colocando-o de costas para a porta e assim o empurrando para trás, até entrar com ele e jogá-lo na poltrona atrás de Darth Vader.

- Eu avisei! Vocês não podem ficar aqui! Vocês irão sentir dor! - Dessa vez ele tremeu e sentiu dor, mas não sozinho. O General estava com ele.

Foi assim que, com a ajuda de Lord Vader, conseguimos fugir e nos livrar desse grande inimigo do castelo.

Infelizmente não me recordo de outras imagens desse sonho surreal. Se alguém souber o significado disso tudo, por favor me conte, estou curioso. Talvez seja culpa do guaraná Jesus!

sábado, 5 de março de 2005

O Quinto Elemento

Eu e Leticia estávamos andando. Encontramos no caminho um castelo fantasioso, com grandes torres coloridas, grandes salões, pessoas e criaturas de todos os tipos. Alguns trechos dessa viagem ainda não se apagaram, sendo assim vou registrá-las.

Estava sozinho correndo de algo, atravessava corredores compridos e coloridos, às vezes olhava para trás pra ter certeza de que estava bem à frente. De repente ouvi uma voz dizer: "à direita". Me virei e me deparei com uma grande escadaria de uma torre. E por ela subi, algumas vezes ainda ouvindo "à direita". Ao chegar no topo, havia algo como se fosse uma sala com o piso vazado de forma que toda a escada pudesse ser vista do alto e uma corrente que atravessava o meu caminho, me impedindo de prosseguir.

Não era apenas a corrente no meu caminho, atrás dela havia uma velha, vestida em trapos, mexendo em uma mesa, com livros e líquidos. O restante da sala era preenchido por uma cristaleira, ao fundo um cofre e ao seu lado uma chave pendurada na parede.

Quando a velha me viu, começou a gritar mandando que eu fosse embora, dizendo que não poderia ficar ali, me ameaçando por trás da corrente que de alguma forma eu não poderia passar. Ela me xingava e ameaçava, eu enfrentei dizendo que precisava entrar para me esconder. A discussão chegou a um ponto em que a velha se armou com uma
vassoura, abriu a corrente e veio na minha direção, eu pulei por cima dela e em uma única jogada de corpo, me virei e fechei o caminho com corrente. Agora ela estava desesperada dizendo para eu não mexer em nada, que iria me prender lá em cima. Nervoso, começei a dizer pra ela que iria jogar as coisas pelo buraco, ela ria e dizia que iria me prender. Foi então que peguei a chave e disse que abriria a porta do cofre. Em pânico ela me enfrentou e disse que agora eu ia sofrer, pois a aranha protegia o cofre.

Quando abri o cofre, um sopro de ar veio de dentro, onde, de fato, havia teias de aranha e livros. Fechei a porta do cofre. Ela continuou a gritar. Abri novamente e um novo e mais forte sopro, dessa vez pude ver além dos livros uma garrafa. Fechei a porta. Ela gritava ainda mais e tentava ultrapassar a corrente. Abri a porta mais uma vez, dizendo que agora iria pegar tudo e jogar lá embaixo. O maior dos sopros saiu e somente ele me fez fechar o cofre. Mas era tarde.

Uma voz, a mesma que dizia "à direita", invadiu a torre dizendo: "Eu sou o quinto elemento. Eu sou o quinto elemento. À direita. Eu sou o quinto elemento. Eu sou o quinto elemento. À direita..." A velha começou a descer a escada correndo e gritando comigo, dizendo que eu tinha libertado ele. Como ato-reflexo, abri a passagem de corrente e desci, sabia que algo estava vindo. A voz continuava ("Eu sou o quinto elemento. Eu sou o quinto elemento. À direita."). Já quase no piso, vi várias pessoas coloridas subindo a escada com garrafas que possuiam líquidos também coloridos, as pessoas marchavam ao ritmo e repetiam a voz. Ao passar pelo lado do primeiro, o líquido caiu no meu rosto e então a voz mudou.

- Cerveja. Cerveja. À direita.

Então abaixo de todos da fila de marcha percebi que estava subindo um mar de cerveja e a velha já estava com o líquido acima das canelas. Rapidamente me virei e subi com as pessoas coloridas e o nível do "mar" só subia, formando um pequeno redemoinho que engoliu a velha e nos seguiu até o topo da torre, onde parou antes de molhar o piso do último andar.

Após piscar os olhos, estava em outro local com a Lelê.

domingo, 27 de fevereiro de 2005

Nostalgia

Acabo de fechar a última página de Excalibur. Encerro a leitura com um incontrolável sentimento nostálgico das histórias contadas pelo Lorde Derfel Cadarn, que embora tenha se tornado um monge, ficou na minha memória como um dos maiores guerreiros da literatura.

Bernard Cornwell teve a capacidade de contar sua história de uma forma fluida e magistral, prendendo mais a atenção a cada página virada. Me levou mais próximo de seus personagens, me fez odiar e logo depois admirar, se não amar. E com todo esse ritmo imposto na história, o autor me fez jogar o livro e ficar andando feito um alucinado pela casa por três vezes. Entendia isso como um presságio.

As Crônicas de Artur são contadas através de três livros: O Rei do Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur. Quem não leu, leia.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

O meu tipo

20 coisas que formam o meu tipo de mulher:
01. Ama as boas coisas, bem acabadas e cuidadas;
02. Gosta de um pé-sujo;
03. Para ela, alguns momentos precisam estar simplesmente perfeitos;
04. Ter em torno de, ou exatamente, 1,61 m;
05. Gosta de maçã "esfarelenta";
06. Gosta de experimentar coisas novas;
07. Adora ler;
08. Gosta de cuidar das coisas e pessoas ao seu redor;
09. Gosta da manhã;
10. Tem um sono "dengoso" ou simplesmente desmaia na parte da noite;
11. Possui olhos cor de mel;
12. Gosta de Pet Shop Boys e músicas empolgantes;
13. Faz coreografia dessas músicas;
14. Intelectual;
15. Cabelos escuros;
16. É sensível a arte ou qualquer tipo de expressão cultural;
17. Falando em cultura, é fascinada pelo exótico;
18. Tem paixão e talento para línguas;
19. Escreve com elegância;
20. Se veste como quer, sem perder a pose e a elegância;

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

O Processo de criação

Voltei a trabalhar e assim a encarar o delicioso, mas nem sempre simples, processo de criação. Isso me fez lembrar de uma conversa que tive com o amigo Mário em que cheguei a conclusão que criar é um continuo trabalho com a frustração. Nem sempre conseguimos colocar na prática aquilo que imaginamos ou quando conseguimos podemos nos deparar com o simples fato de não ser exatamente aquilo que queremos.

Lidar com essa frustração é um trabalho diário para quem cria e ela precisa ser transformada em motivação. Todo o processo é concluído após muito suor e algumas gotas de gratificação, até o grande momento final, em que momentaneamente você está satisfeito com aquilo que criou. Nessa hora é preciso parar, pois como disse esse sentimento é momentâneo.

Esse trabalho não começa do zero. Não acredito em folha branca, nem mesmo em tela branca do computador. Como exemplo, antes de postar eu costumo navegar nos vizinhos, ler o que estão escrevendo e buscar referências ou inspiração. Referência, é desse ponto que o trabalho começa, não da injustiçada folha. Conclusão, se quiser criar junte referência. Veja, leia, escute, sonhe e discuta o máximo que puder. Isso não quer dizer que vai dar certo, não é uma verdade universal, é apenas a minha opinião, demorei um pouco pra entender mas parece que a ficha caiu. Criativade é exercício.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Closer, Ray, o Bar de Férias e o fim das minhas...

Estou postando atrasado. Muito atrasado. Tão atrasado que vou falar de Closer após todo mundo. De qualquer forma, o filme é ótimo. Já ouvi comentários exatamente opostos, mas acho que estamos de frente com um típico filme polêmico. Pra mim, ele é perfeito. Ótimas atuações, ótima direção, ótima química entre os personagens e ótimo roteiro. Dentre tantas outras coisas, fala de nós seres humanos de uma forma tão realista e pura que dói.

Ray, esse foi grandioso. Sinceramente demorei pra ter coragem e entrar no cinema após Alexandre. Mas Ray e Closer reverteram isso. O filme intercala entre grandes cenas, atuações e edição fenomenal. Vale assistir para conhecer um pouco mais sobre esse músico que se despediu de nós no ano passado e ainda ver grandes atuações, como da atriz que fez a mãe do Ray Charles. Ela está impressionante.

O último tema. Enquanto minhas férias chegavam ao fim, fui a Santa Teresa. Eu e Lelê com aquela fome de comer Carne de Sol. Carne de Sol com cerveja. Carne de Sol com cerveja do Bar do Arnaudo. Após uma luta pra chegar nos alpes cariocas (várias ruas do bairro estavam fechadas para filmagens de um filme) damos de cara com o Arnaudo fechado e viemos a saber que foi fechado pois estava de férias. E bar agora tira férias? Indignado voltamos ao nível do mar e almoçamos um sanduba muito do sem graça em um ótimo clima, mas ainda ficamos com aquela vontade de Carne de Sol com cerveja do Bar do Arnaudo. Fica pra próxima...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Coisas para se fazer no Rio quando se está de férias

Estou de fato aproveitando muito minhas férias. Festas todas as noites, encontros durante a tarde que não possuem hora pra acabar, andar de skate, visitas a casas de amigos e outras tantas coisas.

Ainda tive o prazer de saber que a sorte sorriu pra mim. Um ótimo amigo, Cumpadi Fonta, ainda está de férias e volta ao tronco na mesma data que eu. Outras ótimas amigas que são de fora, Ka e Ju, estão na cidade pelo mesmo período e não paro de contar as coisas boas. Embora esteja passando no Rio, essa tem sido uma das minhas melhores férias - tá bom, fazia muito tempo que eu não sabia o que era isso, mas realmente está sendo uma das melhores.

Estou com saudades e curiosidades da Cumadi Lol. Ela está na Zoorapa, tendo uma experiência de vida única. Espero que esteja se divertindo e consiga atualizar o Lugar Feliz nos dando notícias da viagem.

sábado, 5 de fevereiro de 2005

Festival "Tá na Mente"

Sim! Férias! O último dia de trabalho antes das férias foi marcado por muitas tarefas pra cumprir, muita coisa a ser passada àqueles que vão ser responsáveis por minhas obrigações até o meu retorno.

Esse foi o último dia de trabalho. Já a primeira noite de férias será sempre lembrada. Fui à primeira edição do Festival "Tá na Mente". Aconteceu em um Lugar Feliz, com ótimas pessoas, tranquilas e despreocupadas. Foi banhado por ótima música, calculadas para acontecerem no momento certo, e papos perfeitos.

Como sempre, o clima e a energia fluiu tão bem que os laços, mais uma vez, foram reatados e lembrados. Pra aqueles que não conseguiram participar desse festival, posso dizer que estiveram o tempo todo na nossa mente e no ano que vem, estaremos de novo.

Valeu galera pela força e principalmente Lelê, por ter estado ao meu lado, incondicionalmente. Você me deu força em momentos difíceis e que precisavam não só de carinho, mas de um choque de realidade. Te amo Letícia e aos amigos, amo vocês.

"Aos amigos ausentes,
Amores perdidos,
Velhos Deuses e a Estação das Brumas.
E que cada um de nós
Sempre dê ao Demônio o que lhe é merecido."


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Declaro, estou surtando!

Na minha última semana de trabalho antes das minhas férias (após quase cinco anos sem uma), estou surtando. Esse período coincidiu com as minhas últimas provas do 4º período e ainda com uma grande massa de trabalho pra mim e pra Lelê.

Agora que assumi estar surtando, vou listar (em homenagem aqueles que adoram listas) meus sintomas de stress pré-surto:

01. Falta de paciência para com tudo que não seja fútil;
02. Falta de motivação para qualquer tarefa que envolva responsabilidade;
03. Insegurança;
04. Defensiva praticamente em tempo integral, gerada pelo item anterior;
05. Insônia;
06. Pré-disposição para brigar no trânsito, ou com fornecedores, ou com centrais de atendimento (minhas preferidas);
07. Momentos de pura introspecção;

Minha questão: tais sintomas seriam pré ou durante o surto?

Bem, que as férias venham. Que eu consiga descansar e então voltar com gás total.


domingo, 23 de janeiro de 2005

Devia ter ouvido os sinais.

Acabo de retornar do cinema. Eu e Leticia fomos assistir Alexandre. Antes de chegar ao cinema fomos avisados pela Nandinha que o filme era uma bomba, chegando lá eu estava passando mal e ao sentar na poltrona descubro que o cara ao meu lado estava com um “cecê” brabo. Ainda assim fui teimoso, não ouvi os sinais.

Tenho uma certeza, fui enganado. Primeiro comprei a idéia de Alexandre, o “bastardo” que, com dificuldades, conquista o trono deixado por seu pai. Nada disso, apenas uma ação oportunista do seu par homossexual. Segundo: comprei a idéia de Alexandre, o “conquistador” igualitário, que defendia os conquistados e pregava a igualdade entre os povos. Mais uma vez, tolice a minha, eram máscaras vestidas para proteger o verdadeiro sentimento de paranóia e insegurança do garoto perante possíveis conspirações. Terceiro, comprei a idéia de Alexandre, o “tirano”. Essa, de tão patética, dispensa comentários. Sabendo que fui enganado, me pergunto: o que Oliver Stone queria mostrar?

Além desses fatos, o filme vem em um momento propício para a política americana. Afinal, mostra um conquistador sem batalhas. Ele atravessa meio mundo e as duas únicas batalhas que são apresentadas são para destacar sua grandiosidade mesmo em total desvantagem. Outro ponto é o fato do Rei Dario ainda existir e ser forte enquanto estiver “vivo escondido nas montanhas”, esse ponto reforça demais a política de Bush em relação a Osama Bin Laden. Como se não bastasse, Bush teve problemas na eleição por ter se posicionado contra o casamento gay, e agora vem um filme apresentando de forma explícita esse lado de um grande conquistador. Acho que foi a Condoleezza Rice quem escreveu o roteiro (essa é pela Lelê).

As sete indignações:
01. As cenas da chegada à Babilônia me lembravam Moulin Rouge;
02. Só podem “sem querer” ter errado e trocado a trilha sonora do próximo “Esqueceram de Mim” ou “Harry Potter”;
03. Agora torno público: eu odeio o Colin Farrel;
04. Val Kilmer aceitou fazer esse filme (mesmo ele sendo a única coisa que presta);
05. Angelina Jolie aceitou fazer esse filme;
06. Anthony Hopkins aceitou fazer esse filme (mas deve ter exigido não contracenar com o Colin Farrel);
07. O inglês-macedônico da Angelina Jolie (outra pela Lelê);

Sério, no primeiro dia de filmagem, perderam o roteiro e, como já tinham investidores, fizeram o que deu.

Conclusão, se eu me chamasse Alexandre, a partir de hoje mudaria para Rodrigo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

Porto Seguro

Não importa como seja a sua vida. Todos precisamos de um porto seguro. Aprendi essa lição com o meu próprio. Ela sempre está presente, me fazendo companhia, me motivando, me ensinando algo novo ou mesmo me atraindo para o certo. Algumas vezes faz o papel da minha consciência, em outras se torna o meu instinto.

A ela, meu porto seguro, entrego meu amor incondicional, crescente e assim eterno. Agradeço pela certeza de sua presença na minha vida e ao meu lado nas noites de sono ruim, mesmo no inconsciente ela está lá.

Leticia. Te desejo, te quero e te amo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2005

Maldito ego

Por que ele não é timido? Esse maldito que aparece ao ouvir o mais baixo dos chamados. Pior é o fato de algumas pessoas terem o poder de percepção, ou faro, desse calhorda. Mesmo quando estou me ferrando, um elogio o faz surgir e se eu não estiver tão puto a ponto de dar uma móca no talzinho, ele passa por cima e pronto: me ferro menos (assim esse verme me faz pensar).

Passei um dia insano. Cheguei na agência às oito e poucas e já atendi telefonema. Tive uma reunião com o Midas brasileiro e fui a Barra da Tijuca às 22h entregar material pra cliente. Mesmo assim ele ouviu alguns comprimentos e se colocou acima da minha noção de "me fudi e deveria fazer algo em relação a isso".

Bom, prejuizo tomado e anotado. Um dia ainda dou cabo desse pulha.

móca: variação de coquinho; soco dado com a base do punho na moleira de outro; catarse com a capacidade de resolver qualquer problema com o já citado outro;

terça-feira, 11 de janeiro de 2005

Contrastes

Isso vale somente para me lembrar que a vida é feita, em parte, por contrastes. Após um fim de semana ótimo, passei por uma segunda-feira marcada por um calor infernal, cliente extravasando suas frustrações e esse calor em mim, 19 horas de trabalho e uma completa e total falta de sincronia com as pessoas ao meu redor.

Mas a segunda-feira foi deixada, e lavada, por uma terça-feira. E agora, quando pra mim é a melhor hora de um dia, lembro de algo que enterra esse dia com a devida pá de cal: "Que poder teria o inferno, se os habitantes daqui não pudessem sonhar com céu?" - Neil Gaiman.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

Clima de férias e um gancho para lembranças

Talvez pelo simples fato de ter marcado a primeira parte das minhas férias, eu já esteja vivendo um pouco desse climão. Na última terça-feira, no horário de almoço, tirei o skate da mala do carro e dei uma volta na Lagoa. Hoje, fiz novamente. E então eu pergunto, que trabalho permite isso? O meu nem sempre, mas quando pode é simplesmente ótimo.

Ainda na terça-feira eu e Lelê assistimos a Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, filme do Charlie Kaufman (roteirista de Quero Ser Jon Malkovich) que também segue a linha completamente surrealista. O que mais me impressionou no filme foi o simples fato de ele ter sido um guia para minhas lembranças, enquanto as cenas passavam, minha mente vagava por cenas do meu passado. Como se isso não bastasse, o elenco representa de forma memorável e finalmente Jim Carrey me convenceu como um ator sério.

Já ontem fiz uma visita espontânea à minha irmã, batemos papo e depois o Saraiva me apresentou o jogo de PS2 Lord of The Rings, muito bom por sinal.

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Eisner deixa o Edifício.

De fato a idade chega e é implacável mesmo com aqueles que a viveram de forma tão admirável. Sei muito pouco sobre sua vida pessoal, mas acompanhei sua carreira profissional e posso dizer que não foi apenas um dos maiores desenhistas e escritores de quadrinhos, como também foi um dos grandes inspiradores do gênero e também deste Blog.

Em sua mémoria, vou continuar a manter o meu Edifício, sempre lembrando da frase escrita por ele que mais admiro e uso como epígrafo. Eisner faleceu ontem à noite, aos 87 anos de idade e me arrependo muito de nunca ter ido a um dos diversos eventos que contaram com sua participação aqui no Brasil.

Para quem não conhece sua obra, aconselho ler: O Edifício, Um Contrato com Deus, O Nome do Jogo, O Último dia no Vietnã: Reminiscência, New York: A grande cidade e No Coração da Tempestade (sua auto-biografia).

sábado, 1 de janeiro de 2005

O primeiro dia do resto desse ano

Passou 2004. Passou a 1.000 km/h, como uma flecha, como uma conversa em bar em que tudo é dito e pouco é registrado. Foram muitas coisas acontecendo e tantas outras mudando. De fato amei 2004, foi o ano da mudança e como sempre digo, amo a mudança! 2005, meu raciocínio ou intuição (Mana, me corrija se eu estiver errado) será o ano de saborear tantas mudanças.

Vamos reduzir esse ritmo, pode ser para 900 km/h. Vamos fazer isso apenas para poder ver cada dia e entender qual herança de 2004 ele traz. E se vierem mais mudanças? Ora! Se vierem, que venham! Estou de braços e coração abertos para recebê-las.

Esse ano me mostrou que quatro anos são segundos perante o que quero, e vou passar com quem amo, e que reforçou os verdadeiros laços de amizades. Realmente "amigos vêm e vão, mas alguns poucos farão parte de toda sua vida". Adoro todos vocês. Obrigado por terem dividido comigo esse grande ano e vamos caminhando para esse próximo!