sábado, 30 de outubro de 2004

Se você não comer tudo...

Vamos dar liberdade a todas nossas teorias da conspiração? Os Estados Unidos, através de Bush, conseguiu criar o melhor personagem da história. Depois de Papai Noel, que vende bilhões em dezembro (período esse que o comércio deveria estar em baixa, já que o turismo estaria em alta), Coelhinho da Páscoa, Fada-dos-Dentes e todos os outros. Chegou o Bicho Papão, agora com nome, sobrenome e nacionalidade – recolha um pra você nas lojas mais próximas. Ele é Árabe. Ele é barbudo. Ele gosta de aviões e ajuda na alimentação das crianças.

E assim o mundo todo observa a mensagem:
“Se você não votar no Tio Bush, o Bicho Papão vai te pegar”. (isso daria um Funk)

Enquanto isso, na República das Bananas: Milhões de pessoas passam fome; a impunição e festa da corrupção não para, é 24/7; os maiores impostos são pagos, ou não; igualdade social passa a ser sinônimo de “favela-bairro”; das doze indicações de uma livraria de renome, oito livros são sobre a política americana. Pra onde estamos olhando?

quinta-feira, 28 de outubro de 2004

Amanhã?

O que interessa o amanhã? Não existe aquele velho ditado “não deixa para amanhã o que pode ser feito hoje”? Além da rotina, o que sabemos sobre ele? Ou melhor, nem mesmo temos certeza que a rotina continuará amanhã. Ele não é fruto do hoje? Do agora? Se tivermos um bom “hoje”, logicamente teremos um bom “amanhã”, correto? Ah! Alguém deve está perguntando: e se acontecer algo inesperado? O inesperado acontece agora e não amanhã. E então você ainda está pensando no amanhã e no seu "inesperado"? O hoje não é melhor, mais vívido, mais palpável? Até mesmo quando sonhamos com o amanhã, não estamos nos deliciando agora? Quando comemoramos ou lamentamos? Melhor, o que comemoramos ou lamentamos? Ontem, hoje ou amanhã? Se ele é tão importante, ele já chegou? E se chegou, você notou ou estava interessado no amanhã?

Sendo assim, repito: o que interessa o amanhã?

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

Um pouco mais de política

Estaremos nós caminhando para um processo de restrição plena? Seria a melhor saída o caminho mais cômodo (restringir no lugar de educar) ?

Fico feliz em saber que o TJ derrubou a liminar que proibia a venda de alimentos gordurosos em cantinas. O Juiz Siro Darlan não ficou feliz, lamentou. Acredito que alguns homens que fazem nossa justiça estão perdendo a noção que a liberdade pode ser um bom caminho para a educação.

Se fosse proibido tudo que em excesso é prejudicial a nossa vida, mal poderíamos caminhar ou mesmo realizar uma longa viagem de carro, ou avião. Mas claro, proibir é mais fácil do que educar e ensinar limites através da simples demonstração de possíveis danos.

A queda dessa “portaria” (não vou usar esse termo, nesse edifício, sem aspas – pode soar pejorativo) me reconforta, e talvez me iluda um pouco mais, pois sempre acho que estamos caminhando para moldes políticos e sociais "norte-americanizados".

sábado, 16 de outubro de 2004

Em algum lugar deve fazer sentido

Estou para postar isso já tem um tempo, mas nunca paro pra digitar. Não sei pra vocês, mas a política recente tem sido um pouco confusa pra mim.

O Presidente do Fome Zero (do país da fome de educação, segurança, saúde e comida), enviou 13 toneladas de comida para o Haiti no mês passado. Será que o programa Fome Zero está indo tão bem a ponto de ser possível realizar essa doação sem deixar nenhum brasileiro sem comida?

Não deveríamos estar olhando um pouco mais para os nossos e um pouco menos para os outros? Talvez possa parecer ignorância, mas pra mim, ajuda quem pode e nesse caso (como em tantos outros) o Brasil está podendo?

Durante uma semana de arrastões na praia do Leblon, o secretário de segurança do Rio de Janeiro estava de licença para cuidar de campanhas. Mesmo após todas as notícias, esse se manteve de licença. Aqui cabe a conclusão chegada por um amigo meu: o secretário de segurança de qualquer cidade Sueca não poderia tirar licença, do Rio pode. É claro.

Além do fato de ter o emprego garantido por ser marido da governadora, o que mais lhe deu segurança para tirar essa licença? A criminalidade do Rio está tendendo a zero e não sabemos?

Só para completar. Após tanto tempo com os bancos em greve, venho a me perguntar: realmente precisamos deles? Não seriam apenas cofrinhos, ou colchões, em formas de escritórios?

Ao menos pra mim, nada faz sentido. Pior é aceitarmos isso calados.


sexta-feira, 15 de outubro de 2004

No fim, os heróis cavalgarão sob o Sol poente (será?)

Estou me sentindo no oeste selvagem americano, ao menos na imagem fantasiosa e hollywoodiana que temos dele. Um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro foi morto. Gangan morreu, os jornais do Rio publicam em suas capas manchetes com a grande notícia e a população passa a temer uma invasão do bando de foras-da-lei. Todos se recolhem um pouco mais cedo e os “salloons” tem assunto pra mais um dia.

Estamos ou não, vivendo o oeste selvagem americano?

quinta-feira, 14 de outubro de 2004

4 anos

Já se passaram 4 anos da data mais importante da minha vida. Esses anos passaram de forma que mal pude notá-los, já fizemos muitas coisas juntas, temos diversas lembranças e conquistamos uma pequena parte da nossa estrada.

Há 4 anos me casei com a Lelê, e todo ano renovo esses votos e espírito. Não me sinto menos apaixonado por ela, me sinto mais. Não me sinto dentro de um cotidiano, me sinto dentro de uma estrada com um horizonte infinito, e com a melhor companhia do mundo.

Lelê, te amo muito!

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

Tudo vale à pena

Fim de semana + feriado com gosto de “por que parou?”. Domingo foi aniversário do meu pai e devido a isso, sábado às 5:40 da matina segui para BH. Festa familiar, amigos e parentes se encontrando para homenagear o meu velho – bom rever os parentes e matar saudades dos pais. Ainda recebi a notícia que me deixa feliz e/ou assustado: serei tio.

Na segunda, véspera de feriado, rolou uma festa bombástica na casa Morand Fontana. Muita Vodka disfarçada de Clight. Resultado: todos saudavelmente bêbados. Na terça, acordamos por volta das 14 h, fomos almoçar por volta das 16 h (almoço feito pela Lelê). Ainda colocamos mais dois quadros, arrumei o varal que estava torto, aproveitei a ótima companhia da Lelê e assistimos mais um episódio de Band of Brothers, até o momento o melhor.

Hoje acordei cedo para vir trabalhar, soube que o dia será mais tranqüilo do que esperado e estou com uma breve esperança de almoçar com ela no Rio Sul.

quinta-feira, 7 de outubro de 2004

Redescobrindo o Camaleão

Graças ao advento da banda larga, agora instalado também no meu lar, estou podendo explorar um pouco mais esse recurso, a tal da internet. Ando fazendo alguns downloads de músicas, e voltei a baixar algumas faixas do Camaleão, David Bowie.

Está sendo muito gratificando ouvir faixas como "Man Who Sold the World" e "Space Oddity". Ainda com sua fase insana e marcada pelas ondas do início da década de 70, Ziggy Stardust, mostra-se a atemporal.

Com esse post, aproveitei para atualizar as dicas ao lado. Em outros comentarei os motivos das devidas recomendações. Entretanto anotem: vale redescobrir o camaleão!

terça-feira, 5 de outubro de 2004

Cotidiano

Nos últimos dias me deparei com uma característica da minha personalidade da qual ainda não havia refletido sobre. Tenho uma dificuldade absurda de continuar, de lidar com o cotidiano, principalmente de vislumbrar algo "cotidiânico".

A questão não está nos amigos ou na vida de casal. A questão é o dia-a-dia, todo dia acordar e já vislumbrar seu dia, sem dúvidas ou expectativa de mudança ou de alguma surpresa. Esse foi o ponto inicial do raciocínio, a mudança me seduz.

Com isso pude identificar o motivo de minha paixão pela profissão. Por mais que faça algo próximo que já foi feito antes, cada peça é uma nova peça, com novos desafios. Também percebi minhas fases de "pilhas" (como a Lelê descreve): começo algo, me interesso, vou a fundo no tema, descubro tudo que posso, vivo da forma mais intensa que puder e depois, vai. Tornou-se passado e é substituída por uma nova "pilha".

Claro, algumas são mais sólidas do que outras. E por mais que o tempo passe e tais interesses cessem, eles retornam. Voltei a praticar Tai Chi. Voltei a pesquisar diferentes músicas. Comprei um Skate (tenho andado menos do que esperado, mas tenho andado). Opa! Estranho, são as mesmas coisas que fazia há 12 anos atrás? Retrocesso?