segunda-feira, 7 de março de 2005

O Grande Inimigo

No mesmo castelo eu e Lelê andávamos olhando para as paredes coloridas e comentando sobre tudo que víamos, maravilhados com toda a beleza da local, que era tão grande a ponto de parecer sem fim. Uma sala sempre levava para outra.

Ao entrar em um salão vimos uma série de soldados cinzas colocando criaturas azuis contra a parede. Berravam em seus ouvidos mandando encostarem na parede, fazendo a revista e algumas vezes batendo. Ao fundo de todos estava um grande homem de preto. Sabíamos que ele era o líder, o general, e que nós éramos inimigos deles.

Passávamos pelo meio do salão assobiando, disfarçando nossa presença com uma tentativa de naturalidade de quem está no local. Repentinamente ouvimos um grito e percebemos que um dos soldados havia nos visto e gritava contra nós. A perseguição começou.

Corremos olhando para trás com medo dos dois soldados que começaram a nos seguir. Um golpe forte na minha perna me fez olhar pra baixo e vi que a Lelê havia caído e batido nas minhas pernas, me levando também para o chão.

Por sorte paramos próximos a duas espadas azuis, lindas, e com elas enfrentamos os inimigos. O combate era intenso mas estávamos vencendo, dávamos passos para trás e duelávamos com os soldados que se amontoavam contra nós, a cada inimigo que caía anestesiado era uma vitória para nós. Os inimigos foram diminuindo até que sobrou apenas um, nesse momento começamos a descer uma escada com degraus muito largos e, usando o local como vantagem, jogamos o inimigo abaixo até que esse caiu no fim da escadaria como se fosse um desfiladeiro.

Então o General levantou. Com sua armadura negra, ergueu os braços com duas espadas e seus braços se soltaram em nossa direção, como se fossem hélices. Sem os braços e seus soldados ele teve que enfrentar a multidão de criaturas que começou a jogar coisas nele enquanto lutávamos contra os braços que nos empurravam ainda mais para trás. Sabíamos que estávamos chegando próximo ao desfiladeiro, mas não conseguíamos virar o jogo. E assim, caímos.

No solo, à nossa frente, tinha uma porta. Os braços desciam rapidamente atrás de nós e, pensando em fugir, abrimos a porta e entramos na sala, selando a passagem. Ainda olhando para a porta, respirando forte, nos beijamos e começamos a rir.

- Vocês não podem ficar aqui! - Fomos interrompidos por uma voz grave.

Ao nos virarmos lá estava ele, sentado em uma poltrona, nos encarando. Darth Vader. Olhei para a Lelê e disse com todas as letras. - Fudeu!

- Vocês não podem ficar aqui! - Ele se repetiu. - Esse é o meu "sanctun"! Vocês não podem ficar aqui! Vocês irão sentir dor! - E com essa frase ele tremeu como uma TV com defeito e gemeu de dor. Com os olhos arregalados eu e Lelê nos encaramos e sabíamos que não podíamos sair, mas ali também não dava pra ficar.

- Vocês não podem ficar aqui! Vocês irão sentir dor! - Mais uma vez ele treme e seu rosto fica como uma TV com defeito.

Em pânico, nós dois abrimos a porta pra fugir e de novo estávamos enfrentando o General, porém dessa vez por inteiro. Parece que ele tinha descido atrás dos seus braços. Lutamos contra ele e sem combinar nos rodeamos ao seu redor, colocando-o de costas para a porta e assim o empurrando para trás, até entrar com ele e jogá-lo na poltrona atrás de Darth Vader.

- Eu avisei! Vocês não podem ficar aqui! Vocês irão sentir dor! - Dessa vez ele tremeu e sentiu dor, mas não sozinho. O General estava com ele.

Foi assim que, com a ajuda de Lord Vader, conseguimos fugir e nos livrar desse grande inimigo do castelo.

Infelizmente não me recordo de outras imagens desse sonho surreal. Se alguém souber o significado disso tudo, por favor me conte, estou curioso. Talvez seja culpa do guaraná Jesus!

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