terça-feira, 26 de julho de 2005

O Reich

Quase um mês atrás eu assisti ao filme “A Queda, as últimas horas de Hitler”. Embora a tradução do título tenha sido ingrata, já que de fato o filme o retrata os últimos dias do Reich, ele continua sendo um ótimo filme. Dá a entender que foi todo escrito e produzido em cima de relatórios de alemães que faziam parte da cúpula do partido que sobreviveram a guerra. Minha única questão com o filme é em relação a perspectiva escolhida, no lugar da secretária de Hitler, talvez tivesse sido mais rico em detalhes a visão do soldado da SS que cuidava da segurança dele.

O post sobre esse filme é muito atrasado. Mas não foi o filme que o motivou, foi o término da leitura de Maus, de Art Spiegelman. História em Quadrinhos vencedora do Pulitzer que conta a história do holocausto, em grande parte Auschwitz, pela perspectiva de Vladek e Anja, os pais do autor. A história usa a metáfora de bichos para ser contada, onde os judeus são ratos, alemães gatos, poloneses porcos, americanos cães e franceses sapos. Ainda assim, ela é extremamente humanizada. Para quem não leu, é imprescindível que leia.

Somando “A Queda” e “Maus”, vim a pensar em uma certa banalização do tema. A cada ano uma quantidade impressionante de livros, filmes e seriados saem sobre o holocausto. Isso faz com que histórias mais genéricas perca sua “força”, deixando espaço unicamente para as mais pessoais e humanas. Seja no caso de Maus através da família Spiegelman ou mesmo pela visão humana de Hitler em “A Queda”.

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