terça-feira, 21 de dezembro de 2004

Eu quero um Iglu.

Sim. Um iglu para dois. Pode vir com frio e pingüins fazendo barulho do lado de fora. Mas que tenha capacidade apenas para dois, não mais do que dois. Talvez dentro desse pequeno mundo o tempo possa parar durante um, ou alguns, minutos (quem sabe horas ou um dia?).

Nada contra o mundo, até gosto muito dele. Mas esse carinha anda agitado ultimamente, não? Só agora consegui atualizar o blog e vejo que todos os vizinhos estão falando sobre o mesmo assunto, tempo. O meu dia, com o trabalho alucinado e com as visitas permanentes na minha casa (gosto muito de todos, mas estão acumulando) parece que está passando em apenas 8 horas. Por isso, quero um iglu para dois.

Está bem! Sei que dentro de poucos dias será Natal! Eu coloco uma guirlanda na porta do iglu. Assim, quando Papai Noel sair de casa para entregar presentes veja e deixe uns por lá. Ou será que não fui um bom menino?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

Breves momentos de constrangimento

Percebi o quanto fico constrangido em alguns momentos prosaicos do cotidiano e como os uso para puxar assuntos inúteis e supérfluos.

Ontem eu passei por mais de um deles, o último foi subindo para a casa da Lua. No elevador, entrou uma mulher que não respondeu ao meu “boa noite” e muito menos olhava pra mim. Só que o elevador é micro, ou seja, constrangimento certo. Outro momento aconteceu quando fui deixado aguardando em uma sala de reunião, sozinho, sem poder fazer nada, me restando apenas esperar.

Ou ainda quando vou ao banco (ou qualquer serviço parecido) e fico tempo demais esperando sentado a frente do gerente enquanto ele está mexendo no computador sem trocar uma palavra.

Agora compreendo um pouco Clube da Luta em relação às amizades descartáveis.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

28 e contando

Será que as coisas deveriam mudar da noite para o dia quando fazemos aniversário? Eu não compreendo essa história de inferno astral. Dizem que algum tempo antes do seu aniversário é tal período e que durante ele coisas loucas acontecem. Nada de louco aconteceu antes do meu aniversário (aconteceu a festa, que já foi suficientemente louca). Talvez eu não entenda esse negócio por não me lembrar de ter passado por um.

Sobre a festa. Foi ótima, com vários amigos, gente que eu não via há um tempão apareceu e foi muito bom. Algumas bebidas especiais (desde o drink careta com água de coco e suco de abacaxi até porradinha). Pessoas felizes e bêbadas saíram quase ao amanhecer. Depois o repouso de quem se divertiu muito.

Triste foi trabalhar o dia seguinte inteiro, sem a presença da Lelê (ela também trabalhou). Mas isso foi um pouco amenizado pela companhia da minha mãe que veio pra festa e com os amigos, que me ligaram quando pensei que tudo tinha acabado e só me restaria o Fantástico. Ligaram e me salvaram, valeu ficar até meia-noite na Lagoa inaugurando as rodinhas nova do Skate (“ho! ho! ho! Now i have a Machine Gun!”).

E agora, 28 anos e contando. Valeu galera pela presença, telefonemas e presentes. Vou recostar, usufruir dos bons livros, das boas músicas, beber os ossos que restaram e deslizar pelas ruas.

Keep Walking.