terça-feira, 8 de março de 2005

Até onde podemos ir?

O que nos limita? Se não me engano foi Freud que descobriu que usamos 4% do nosso cérebro. Não sei exatamente se foi ele e ainda menos se o valor é esse. Mas o que importa é que usamos muito pouco da nossa capacidade.

Na última quinta-feira (03/03), saiu no caderno de ciências do O Globo a história da suíça Elizabeth, que "sofre" de sinestesia - uma condição particular que a faz, de fato, sentir o gosto das notas musicais. A sinestesia mais comum faz ver as cores dos sons; o primeiro registro de sentir o gosto foi o caso dela.

Como Ludwig Beethoven conseguiu compor suas maiores obras sendo surdo? Somente a primeira foi composta com capacidade auditiva, a mais famosa (9ª Sinfonia) foi sua última e somente anos depois um novo piano (Piano Steinway), criado para isso, conseguiu reproduzir a Sonata nº 3 e nº 4 com perfeição. Ele evoluiu na música independente do sentido auditivo.

Isso me faz pensar. O que nos limita? Embora, na maioria das vezes, tenhamos os cinco sentidos funcionando plenamente, durante o nosso dia a dia ignoramos muito do que percebemos, o inconsciente capta e o consciente seleciona. Por quê? O fato de convivermos com os cinco sentidos nos tornam dependentes desses? Muitas vezes não sentimos a necessidade de "ver com as mãos"? A extrema exposição nos "acostumou" a ignorar mais e assim "selecionar" mais? Será que através de exercícios não podemos expandir nossa sensibilidade, alcançar um pouco mais?

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