sexta-feira, 27 de agosto de 2004

De parar o trânsito

Realmente estava acontecendo. No meio da Rua do Acre, quase onde ocorre a interseção com a Marechal Floriano, no centro do Rio de Janeiro, às 19:30 h. Um reclamava o tempo todo, outros dois se faziam de desentendidos e o verdadeiro “show” era realizado pela copula de um fervoroso casal, o macho por cima e a fêmea por baixo. No meio da rua.

Os carros paravam, buzinavam e tentavam aplacar a libido da fêmea, a qual tudo indicava estar no cio. Principalmente pelo outro macho que tentava, mesmo com o primeiro já copulando, introduzi-la.

O centro da cidade parou pra ver. Pedestres e carros (esses pareciam realmente dispostos a fazer de tudo menos atropelar o trio). E a diversão não acabava, mesmo quando um homem se aproximou armado com chinelos e assim batia nas nádegas dos machos. Nada, eles continuavam.

Não pude assistir o desfecho da pornô-chanchada. De uma forma trajicômica fico curioso em saber como acabou, será que se deitaram no asfalto da Rua do Acre e tiveram um romance a três? Se ela engravidou, como saber quem é o pai? E isso lá irá importar? Ou apenas o ato de amor seria digno de importância? Amor?

Várias questões.

Isso realmente aconteceu. Nesse devido horário e devido local, na noite do dia 26 de agosto de 2004. Mas antes que as mentes mais torpes cheguem ao seu ápice, sou obrigado a estragar-lhe o prazer e reforçar: eram apenas cães.

Parafraseando alguém nesse fim de semana: odeio ter surrealis.

3 comentários:

Anônimo disse...

O amor é lindo! Ainda bem que ninguém atropelou os bichinhos...

Anônimo disse...

isso sim é hardcore. o resto é só o resto!!!!

Anônimo disse...

Cara, e não é verdade?
Meu único consolo - hmmm... pensando bem talvez essa não seja a melhor palavra para comentar seu post.
A única coisa que me faz dormir melhor é saber que não é só comigo.
Mas eu odeio ter surrealis.