terça-feira, 3 de agosto de 2004

Alô! Tem alguém aí?

Muito tempo não venho aqui. Isso está um pouco bagunçado, um pouco empoeirado e abandonado. Vou subir os andares e rever O Edifício, ver quem ficou e o que mudou.

Subindo encontro novos, porém familiares, vizinhos. São recem casados vivendo em um lugar feliz (noc noc). Esse andar passou a ter som de festa, integral.

Mais um andar. Um estusiasta, figura que está descobrindo uma grande vocação interpretando palavras e ações, me diz que pode desenterrar letras mortas (noc noc). Segue contente, como um jovem filósofo contemporâneo.

Outro andar novo, embora a administração tenha largado de mão, os moradores continuaram a surgir (o que será que tem nesse Edifício?). Uma reunião de intelectuais, com discussões afiadas e sábias, falam baixo e pausadamente - com eventuais surtos de euforia - como se estivessem conspirando (noc noc). Escuto, aprendo e continuo.

Alguns antigos ainda estão por aqui. Outros se foram, deixando saudades e alguns apenas lembranças. Aos novos bem vindos, porém ativos, bem vindos. Aos antigos, bom revê-los. Aos que foram, boa viagem.

Voltar é sempre prazeroso, a questão que fica é: por quanto tempo?

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