quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Qualquer

Pra mim esse cara aí do lado sempre foi um grande chato. E a medida que os anos foram passando, foi se tornando ainda mais chato.

Depois que saiu dos Titãs, sua carreira solo aos poucos foi me angustiando mais. Então veio os Tribalistas, a combinação de um grande talento com um mala e um desequilibrado (eu sei que o grande talento é a Marisa Monte).

E agora no lançamento do CD "Qualquer", vejo uma matéria sobre ele na Revista do jornal O Globo. Ele é a capa. E dentro uma babação sobre o artista que apenas transparece a sua genialidade, tem depoimentos até mesmo de reais gênios como Pedro Luís e Paulinho da Viola.

Então, para homenagear esse que ainda considero um chato de galocha, um trocadilho com a chamada de capa ao tom de Arnaldo Antunes.

És tu o Gênio Primitivo
És tu tão primitivo quanto involuído
Em estado bruto te encontramos e
tu te manténs.

És tu aquele que segue tua estrada intimista
Intimista e instropectiva, entre tu, o palco e poucos

És tu que de alguma forma surpreendente
Surpreende ao alegrar o carnaval dos desesperados

És tu, Arnado. Somente Arnaldo Primitivo.
Em tempo, és tu... chato pra cacete.

A capa da Revista é "O Gênio Primitivo (isso pode significar o elo perdido?). Arnaldo Antunes, ídolo de artisitas como Paulinho da Viola, faz turnê intimista (isso pode significar vazia?) e ao mesmo tempo anima os carnavais de Recife e Salvador (o que isso pode significar?)." Agora eu pergunto, o editor da revista é muito espiríto de porco em publicar uma chamada dessas cheias de duplo sentido? Ou alguém realmente consegue imaginar Arnaldo Antunes animando um carnaval?

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