terça-feira, 24 de março de 2009

O Lutador

Antes de falar sobre o filme, preciso lembrar quem é Darren Aronofsky. O diretor de um dos filmes mais perturbadores que já assisti, Réquiem para um Sonho, onde ele narra as relações das pessoas com seus vícios e rotas de fuga. O filme é tão direto ao ponto que para quem não tem uma relação próxima com a realidade dos dependentes é apenas agressivo.

Em "O Lutador" ele volta a falar de fuga, mas de uma maneira muito mais próxima da realidade de todos, a boa e velha tentativa e tentar encontrar outro mundo, um melhor e com menos conflito. Em mais um trabalho genial, Aronofsky dá mais uma de suas lições de vida.

Mickey Rourke (Sin City) interpreta "The Ram", um lutador de Luta Livre - estilo que foi muito popular na década de 80 e todos nós sempre soubemos que era tudo armado - de grande sucesso e vive o fim de sua carreira nos anos 90. E vai levando a sua vida sem dinheiro, solitário, dormindo em um trailer, o qual ele não tem nem condições de pagar. Até que uma aposentadoria torna-se imperativa. E para isto ele precisa enfrentar a vida fora do ringue.

Neste ponto que a sua grande luta começa, onde ele não pode combinar os golpes ou quem será o vitorioso, onde as feridas nem sempre são perceptíveis a olhos nús mas muitas vezes mais profundas e mais importante, onde ele precisa se expor como quem realmente é e não um personagem.

Este conflito de mundos é a mensagem de Aronofsy, tendo como pano de fundo a metáfora do "maravilhoso" mundo do show business da Luta Livre. Se não viu ainda, veja um dos melhores filmes deste início de ano.



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