quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Vergonha...

Eu ia fazer um post ironizando, já tinha até título, mas não tive coragem. Acho que esse assunto deve ser levado com seriedade e sobriedade. A minha falta de coragem não é temendo algo e de simplesmente não ter coragem de brincar com assunto tão sério.

Renan Calheiros, em sessão secreta, foi absolvido. Antes de entrar no debate se era armação da oposição ou não, levanto a questão que os nossos "líderes" precisam estar acima de qualquer suspeita, o que não é o caso de Renan Calheiros.

Para tentar ajudar na memória do nosso país, segue abaixo a listagem dos senadores que fizeram parte dessa votação, tidos como apoiadores do Presidente do Senado.

Geraldo Mesquista Junior (PMDB) - esteve envolvido no escandalo do Mensalinho do Geraldinho, onde ele retinha 40% do salário de seus servidores;

Sibá Machado (PT) -renunciou a presidência do Conselho de Ética, atrasando mais o processo;

Tião Viana (PT) - lutou pela sessão secreta e tentou barrar os deputados que conseguiram o direito de assistir ao julgamento;

Euclydes Mello (PTB) - primo e suplente de Fernando Collor de Mello;

João Tenório (PSDB) - assumiu após a eleição como governador de Teotônio Vilela Filho, do qual era suplente;

João Pedro (PT) - foi relator do caso e defendeu a prorrogação da CPMF, ignorando o abaixo assinado de milhares de brasileiros pedindo o contrário;

Gilvam Borges (PMDB) - defendeu o nepotismo alegando que empregava esposa e mãe, por dormir com a primeira e pela segunda tendo parído-o. Foi senador de 94 a 2002, quando perdeu para Capiberibe. Conseguiu a cassação do mandato de Capiberibe em 2005 com a ajuda de Renan Calheiros, que negou o direito de defesa ao Senador. A Gilvam Borges e a família são donos de emissoras de rádio em praticamnete todos os municípios do Amapá e de duas TVs em Macapá;

José Sarney (PMDB) - sem mencionar o seu tempo na presidência, vale lembrar que Vedoin citou seu nome durante o escandalo das Sanguessugas;

Papaléo Paes (PSDB) - era tido como um aliado, mas elegou que seguiria o seu partido durante a votação e iria contribuir para a cassação de Renan Calheiros, mas como a mesma foi secreta, não temos como saber sua posição real;

Antonio Carlos Junior (DEM) - Tomou posse após a morte de seu pai, ACM. Empresário da área de comunicação e presidente da Rede Bahia, grupo que controla o Correio Bahia, a TV Bahia e emissoras de rádio;

César Borges (DEM) - era tido como um aliado, mas após o resultado do julgamento, pronunciou-se indignado e responsabilizou o governo por pressionar os senadores para esse resultado;

João Durval (PDT) - foi acusado de fazer propagando irregular durante sua campanha;

Inácio Arruda (PC do B) - também tido como aliado, que alegou ficar surpreso com a absolvição e com a abstenção de seis senadores durante a votação;

Deixando os históricos um pouco para trás, vamos direto aos nomes pois a lista é grande: Adelmir Santana (DEM); Gim Argello (PTB); Magno Matta (PR); Edison Lobão (DEM); Epitácio Cafeteira (PTB); Roseana Sarney (PMDB); Eduardo Azeredo (PSDB); Wellington Salgado de Oliveira (PMDB); Valter Pereira (PMDB); Jayme Campos (DEM); Jonas Pinheiro (DEM); Serys Slhessarenko (PT); Flexa Ribeiro (PSDB); Efraim Morais (DEM); José Maranhão (PMDB); João Vicente Claudino (PTB); Flávio Arns (PT); Francisco Dornelles (PP); Marcelo Crivella (PRB); Paulo Duque (PMDB); Expedito Júnior (PR); Fátima Cleide (PT); Valdir Raupp (PMDB); Mozarildo Cavalcanti (PTB); Romero Jucá (PMDB); Ideli Salvatti (PT); Neuto de Conto (PMDB); Almeida Lima (PMDB); Antônio Carlos Valadares (PSB); Maria do Carmo Alves (DEM); Aloizio Mercadante (PT); João Ribeiro (PR); Leomar Quintanilha (PMDB);

Nenhum comentário: