
Algumas pessoas ainda vão conseguir se lembrar da experiência que era alugar uma fita VHS na locadora, ou várias e isto tornava o momento ainda mais caricato, chegar em casa e assistir. Outras vão lembrar da limpeza de cabeçote com a "fita própria" ou a benzina, de fita enrolando, da qualidade que nem chegava a ser boa e do som que poderia variar de acordo com a idade da fita.
Então veio o DVD, o som e a imagem melhoraram e a portabilidade também. Mas a experiência de sentar no sofá, com a bacia de pipoca no colo, e assistir ao filme no seu tempo, parando, voltando ou adiantando se quiser não mudou. E estes são os grandes méritos de se ver um filme em casa.
Banda larga, downloads e outra forma de assistir cinema, na frente do computador. Cadeira nem sempre confortável, imagem nem sempre boa e som questionável, mas agora você pode simplesmente encontrar o filme que quiser, fazer download, vê-lo e apagá-lo.
Mesmo com tantas novas formas de consumir cinema, a boa e velha sala de projeção continua intacta. A sala escura, bem escura, o som planejado para o ambiente e assim alcançar a melhor acustica. O tamanho da tela e até mesmo a pessoa ao seu lado, na fileira da frente ou atrás, fazem a diferença em como assistimos o filme. Dois exemplos:
Em Sinais do M. Night Shyamalan, no momento em que aparece o extraterrestre, um carinha disse em alto e bom som: "Ih! O Bin Laden!". Pronto, cinema inteiro gargalhou e o clima esperado pelo diretor foi para o saco.
Recentemente eu fui assistir pela terceira vez
Batman: O Cavaleiro das Trevas. Fui no Claro Cine, evento em que é extendido um telão gigante no Jockey Club. Vê-lo deitado em uma espreguiçadeira parecia ser um grande conforto, mas a noite com vento frio conseguiu deixar o filme ainda mais tenso e incomodo, melhor do que das duas primeiras vezes.
Como lição aprendida fica que até existem coisas que podem ser mais práticas, mas ver um filme como ele foi feito para ser visto, é a melhor experiência.
(ah! eu não gostei de
Moulin Rouge no cinema, mas na tv ele pareceu ser menos histérico).